07 dezembro 2005

Guerrilha urbana sem ideologia, sem família, sem nada

Nova geração do tráfico deixa a polícia perplexa. Para a Delegacia de Repressão a Entorpecentes a situação do tráfico de drogas no Rio tende a piorar.

"A Polícia não tem capacidade de resolver a questão do tráfico de drogas no Rio."
Marina Magessi - inspetora e responsável pela seção de inteligência da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro - hoje, 07-12-2005

A inspetora concedeu entrevista para o Canal e-TV Jornal do Terra e se confessou impotente para dar solução para o problema do tráfico de drogas no Rio. Afirma que a cara do tráfico no Rio é a cara dessa menina de apenas 13 anos que incendiou pessoas vivas, dentro de um ônibus no bairro da Penha, na cidade do Rio de Janeiro. Das várias vítimas uma senhora mãe com seu bebê no colo. Prederam a menina, que se mostrou isenta de arrependimento, de culpa, de humanidade, de compaixão. Ao modo dos políticos.

A muitos anos, sabemos que o problema do crime organizado, ou desorganizado, não é uma questão policial, é política. Na síntese, a classe política é a responsável inicial e final, ou irresponsável, como preferir o caro leitor.

A solução do tráfico de entorpecentes no Rio ou em qualquer lugar do Brasil é uma solução política. Não existe vontade na classe política de resolver esta e outras questões fundamentais, porque não interessa a esquerda.
A esquerda, e no Brasil até a direita é de esquerda, a maneira do peronismo na Argentina, necessita dos desajustes sociais para sobreviver. Manter e até ampliar esses desajustes é uma prioridade inquebrantável da esquerda brasileira. Soluções paliativas e que aprofundam cisões e rupturas é o seu ideal.

Será que este é o ideal do povo brasileiro? Desconfio que temos no Brasil uma direita muito covarde para assumir o seu papel e equilibrar essa força nefasta e destruidora.

O link para conferir a notícia:
http://tv.terra.com.br/jornaldoterra
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6 Comentários:

Anonymous Anônimo said...

Eric Hobsbawn, um dos "historiadores" sinistros (e muito em voga neste país infeliz), tem um livro, "Primitive rebels", em que acha - o termo é este mesmo - que entre os bandidos há a oposição à civilização burguesa tão cara aos revolucionários. Com cabeças de pudim de tal tipo, não é de admirar que tenhamos chegado a tal ponto.

07 dezembro, 2005 14:45  
Blogger Camarada Arcanjo said...

Sportsman,
É isso mesmo. Esses pulhas, e me refiro aos políticos de esquerda (quase todos se auto-intitulam de esquerda) estão associados a destruição, pelo que deixam permear para a sociedade.
A razão de ser de uma república democrática e do estado de direito é a construção e o desenvolvimento dos indivíduos e de seus atos.

07 dezembro, 2005 15:57  
Blogger Saramar said...

Seu pensamento é uma aula. A tática da esquerda de minar a sociedade para enfraquecê-la, aqui no Brasil, chegou à excelência porque além de manter e ampliar os desajustes com a simples audência do poder público (crime de omissão), ainda utilizam os tais organismos sociais, as tais ONG's (também mantidos por esses desajustes) para desviar recursos do erário e se fortalecer. Isso não um círculo, perfeito como todos?

07 dezembro, 2005 22:32  
Blogger Marcello said...

A vinculação entre as "esquerdas" e o crime no Brasil remonta a década de 70 quando presos "políticos" e presos comuns dividiram celas no presídio da Ilha Grande, no Rio.
Lá os presos "políticos" ensinaram as noções básicas de organização e cobertura. A primeira "obra" desta parceria foi o "Comando Vermelho".
Para as "esquerdas" foi uma aliança tática. O importante era a desestabilização da sociedade, não importava como, para que a "revolução do proletariado" pudesse emergir. Numa segunda etapa, se houvesse, os bandidos seriam simplesmente exterminados, a exemplo do que foi feito em Cuba, Rússia, China e outros paraísos socialistas, sem maiores remorsos ou culpas, pois já teriam cumprido com sua finalidade.
Atualmente ainda estamos na fase de desestabilização da sociedade.

08 dezembro, 2005 00:52  
Blogger O Fantasma de Bastiat said...

Camarada Arcanjo e Sportsman, vocês foram perfeitos! Os esquerdinhas - e no Brasil todos acham bonitinho ser esquerdinha - dizem com todas as letras que os marginais são "rebeldes sociais" em luta contra a sociedade capitalista malvada (como se os bandidos não fossem ultracapitalistas e os erquerdinhas não constituíssem a própria "sociedade malvada"). E, ao mesmo tempo, querem mais que o caos continue para que eles possam (junto com as velhas oligarquias) continuar a roubar o dinheiro dos nosssos impostos.

08 dezembro, 2005 23:26  
Blogger Camarada Arcanjo said...

Exatamente, caro Nemerson.
"Com as velhas oligarquias".
Exatamente elas, mães da corrupção desenfreada, embalou e alimentou o "jeito de ser" da classe política e das invasões urbanas, rurais e do crime organizado, que existe e se desenvolve com a aquiescência da máquina política, e de seus métodos.

09 dezembro, 2005 09:07  

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