A democracia morreu (1)

Confesso! O caso do sr. Luiz Barros de Ulhôa Cintra Filho me deixou impressionado.

Eu fiquei abismado com o pouco caso e a tranquilidade da imprensa de São Paulo, Rio, Brasília etc Não repercutiu nada. Ninguém falou nada, ninguém viu coisa alguma.

Quando digo ninguém é ninguém mesmo! Esse negócio do calango dizer que não viu nada e nem ouviu falar, agora é geral. A permissividade absoluta foi institucionalizada, e agora perene. Cabe lembrar, mesmo que a contra gosto de alguns, que a democracia sem lei não existe, nem mesmo aqui no Brasil.

Imagino o que virá depois disso. Vivenciamos hoje o início da era da informação, onde através de blogs e afins, as comunidades conversam online sobre tudo, separadas apenas pelo idioma. Quando ladrões ocupam tranqüilamente cargos públicos no Haiti ou aqui, todos sabem. Todos ficarão expostos.

O Estado não conta mais. As ONG's assumiram algumas tarefas que o Estado se mostra incompetente, em realizar. Antes(idos de 1900), a Igreja se encarregava de coisas como apagar incêndios, saúde pública, casamentos e até enterros. Depois, o Estado assumiu esses encargos. Agora, as ONG's não conseguem realizar o que o Estado tem a obrigação de assumir e não tem capacidade de realizar. A proliferação de igrejas desprovidas de retidão, também não nos fornece rumo. Estamos mal.

Estamos vivos ainda, mas sem defesa, sem direção, sem organização, sem ordem, sem lei e sem governo. Apenas vivos.

Por tanto, entendo que não existem meios para recuperar este sistema político e esta organização social, em que vivemos. A democracia morreu! Só ficou o cadáver insepulto, velado de 4 em 4 anos, que é o processo eleitoral, todo o resto não existe mais.

Complementos de leitura com minhas opiniões sobre esta questão:
A Marvada Pinga "Hoje estou de saco cheio"
A Marvada Pinga "Coincidências"